segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Continuando...

E nessa nova página... ou não.

Olá amigooos, desculpe a demora. Sabe o que aconteceu? Fui mudar de página, mas não estava dando certo. Algo sobrenatural aconteceu. Na hora de virar a página, percebi que as futuras estavam tão sujas quanto as passadas e que até a capa tinha resíduos de muita sujeira. Então fechei o livro para observar sua capa. CREDO, estava imunda! Totalmente suja, envelhecida, percebi que esqueci de limpá-lo por anos e ficou empestado da poeira do passado. Haviam minúsculos insetos, totalmente ofensivos, que roeram todas suas bordas douradas que pensei serem invencíveis. Enfim, um caos.
Então, fui falar com o bibliotecário, ele foi paciente e doce, intercedeu ao coordenador, diretor e dono da biblioteca - ah! inclusive também é o autor das histórias mais bonitas, dos romances mais envolventes, das aventuras mais surpreendentes e dos dramas de finais imprevisíveis que sempre são gloriosos. Eles entraram em acordo e vieram conversar comigo.
A priori fiquei muito triste, pois, de forma muito sincera me disseram que não havia centésima chance para restaurar meu livro, disseram que se eu virasse mais uma página todo seu material dissolveria. QUE HORROR! Para onde eu iria?!!! Antes que eu reagisse eles me trouxeram uma proposta nem um pouco atraente, mas que era condição sine qua non para a preservação de minha estada naquela biblioteca; sugeriram que eu trocasse de capa, de bordas, de conteúdo, de material e principalmente de título. TOPEI! Porém não havia inspiração... enquanto eu suava pensando em um tema e palavras envolventes para reescrever uma história, senti que o coordenador e renomado autor me observava cuidadosamente como se desejasse dizer algo, mas se prepara para o momento certo. Como não vinha nada à mente mesmo, fingi estar pensando, tossi um pouco, espirrei, cocei a nuca, reforcei o laço do cabelo e estiquei a blusa.
Enquanto bocejava nessa enrolação atônita ele me interrompeu com um olhar muito humilde que intimidava e um tom de vovô manso ou papai que acabou de ver seu herdeiro na maternidade: "filhinha, se me permitir, posso te ajudar a escolher um tema e talvez até mesmo sugerir um título..."
Estranhei o porquê de ter sido chamada "filhinha", mas é mania de velho...resolvi respeitar. Respondi "claro! não tenho nada a perder...afinal, nem idéias tenho para serem discutidas". Ele sorriu brevemente e disse com tom de quem manda no futuro: "Assim que eu gosto." Fiquei calada, afinal, não perguntei do que ele gostava, mas sabia que eu não gostava nem um pouco de ter que começar tudo de novo...na verdade, por que eu queria continuar naquela biblioteca? eu hem!? (mistério para próximas postagens, ou não.)
Então ele aproveitou meu silêncio e se transformou em um tagarela, trouxe inúmeras sugestões: "Que tal começarmos com a história do nascimento de uma semente bem fraquinha que caiu sobre uma terra seca, mas veio sobre ela uma chuva suave e soprou um vento cheio de paz e brilhou um sol cheio de energia trazendo-lhe vida...". Fui viajando nas idéias do véi e quando dei por mim estava totalmente envolvida pulando ao lado dele criando até música para cada capítulo. Escolhemos um aroma para as páginas, assim o leitor se envolveria assim que lesse o sumário!! SUMÁRIO? pois é! Ele se lembrou de detalhes que não existiam na versão antiga então destruída.
O novo livro foi perfeitamente idealizado! Ele escolheu e fez com as próprias mãos a capa, deu título, tema, criou uma trama maravilhosa com tanta comédia! humor do jeito que sempre apreciei, romance do jeito que sonhei mas nunca ousei, drama com ensinamento que consola, emoção que só aventuras de trilogias conseguem transmitir. E o final? Tão inesperado e misterioso que pedi para ele guardar sozinho e deixar para eu descobrir quando vivesse aquela história.
Ufa, tomamos muito tempo juntos. Me aproximei tanto dele que passei a considerar aquela biblioteca a minha casa, o tratava como papai. Por hora pensei que o bibliotecário ía ficar com ciúmes, mas ele participava de tudo e só incrementava as idéias, dançava comigo quando eu delirava criando minhas canções inspiradas nos acontecimentos escritos pelo grande mentor. Houve um dia que o bibliotecário me contou que há muito tempo a biblioteca seria destruída, todos os livros seriam queimados porque ninguém mais queria conservá-los. Mas o autor e bibliotecpario tiveram uma boa conversa, fizeram um plano e o bibliotecário aceitou se responsabilizar por todos aqueles livros. Desde então, cabe ao bibliotecário proteger todas as obras do tempo, da sujeira e da temperatura instável, dando-lhes a opção de aceitarem essa proteção. Interessante, depois, ele me mostrou suas mãos e seus pés... parecia mais que trabalhava na roça descalço e sem luvas sob o sol ardente, pois as cicatrizes do trabalho árduo para conservar as obras, eram incontáveis. Mesmo assim, ele tinha um olhar doce e um sorriso gracioso. Eu chorei ao ouvir o que ele fez, pois sei que a culpa de suas marcas também foram por mim. Ele me contou como se fosse o romance mais glorioso de todos já existentes. Estranho né? Como pode um drama para o expectador ser um romance para o próprio protagonista que mais parece uma vítima? (deixemos para uma próxima postagem, ou ñ.) Entendi que ele tinha mt apego aos livros, não me pergunte o por quê, mas eu aceito esse sacrifício para sobreviver.
Voltando ao meu livro, após muito projetar, fazer rascunhos e até mesmo diagramar a publicação, o autor ficou sério e me desafiou. Disse "filha, agora, você terá que publicar este livro." Me disse qual seria o novo acervo e qual prateleira; no meio dos livros escolhidos ele me alocou entre as obras raras, os livros q já estiveram na lista de recicláveis, mas ele preferiu preservar a essência.
Perguntei pq se preocupava tanto comigo se já tinha uma biblioteca tãaao vasta, com obras melhores, de materiais mais caros, títulos melhores, pq eu? Um simples projeto de obra que ainda daria trabalho para começar tudo de novo. Ele disse que não se preocupava com a quantidade de livros e até mesmo a falta de qualidade tolerava, mas sua atenção estava sobre a essência de cada livreto à cada enciclopédia. Disse que podia me achar inútil, mas que ele contempla virtude naqueles que desejam ser moldados e renovados aceitando até mesmo a destruição completa, para começar tudo de novo.
Ufa... que momento precioso. Não sei bem o que significou, mas sinto que foi importante...
Depois de tudo ele me pediu que descansasse, virei as costas e saí para um repouso próximo à lareira, pois, pela manhã começaria o novo projeto. Ouvi uns barulhos de vento e olhei para trás, a sala principal que centralizava a enorme biblioteca brilhava, corri para curiar na fechadura: UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUU! Tudo voava! apenas com seus olhos ele fez um vento correr por toda a biblioteca, os livros voavam, ele tirava páginas de um, trocava capas de outros, limpava as prateleiras, auxiliares dançavam tocando e cantando enquanto reorganizavam vários livros. Fiquei impressionada e corri em marcha ré para me esconder cheia de temor.
Foi então que tropecei e tremi ao perceber quem observava meu espanto e temor: o bibliotecário. Tapei o rosto pedindo perdão "desculpe, desculpe é que... é que.. eu... um vento e... uma luz... e... é que" eu gaguejava, meus olhos encheram de lágrimas, suei todinha de medo. Ele se ajoelhou para me ajudar a levantar. Tocou minha mão, limpou a lágrima que escorria e disse "calma, eu vim te explicar... Ele tem controle de tudo e sabia que você veria aquilo" - silêncio e choque, cabeça latejando pensamentos birutas - "mas, se ele tem poderes e controla tudo... como assiiiim??? pq não destrói tudo? pq não me refez em um piscar de olhos?".
Ele me levantou em silêncio e me abraçou... abraço que explicou tudo. Docemente ministrou paz ao meu coração dizendo "Deixa que eu cuido desta ansiedade. Lhe ensinarei tudo. Caminharei com você, aconselharei você e a carregarei quando precisar". Eu chorava e vi suas mãos sangrarem enquanto recebia seu consolo, de repente eu estava em paz, tãaao sonolenta (como agora às 1h40 da manhã), ele beijou minha testa e aconselhou que eu dormisse, pois ao amanhecer, eu teria que enfrentar maiores surpresas. Algumas ruins, outras boas, mas eu descansei na certeza que o coordenador, diretor, dono, autor e mentor daquela biblioteca tinha o controle sobre todo o acervo... se essa foi minha primeira surpresa, imagine as próximas?
Quando enfim bocejei, de verdade, e me deitei, vi um bilhete que marcava meu cantinho com a seguinte definição "Deste novo livro, preciosos sonhos virão a ser."
É... acho que agora me encontrei. Entendi a importância da biblioteca, percebi a verdade, aceitei a soberania do Autor, recebi o consolo do Bibliotecário, acho que já posso ter uma noite de paz com a certeza que caminharei na construção da mais perfeita história para mim.
"Eu quero ser livre pra te amar Senhor
e andar pelos caminhos que traçastes pra mim
E se acaso eu vier me perder,
e deixar os meus desejos em primeiro lugar
quero te ver bem junto de mim,
pois não sei caminhar longe de Ti oh Senhor!
Quero me arrepender e mais uma vez,
com lágrimas nos olhos te confessar.
Quero te dar meu coração,
por mais fraco que eu sou
confiar em Teu poder
para livre eu estar
de mim."
Ele só vai transformar sua vida, quando alcançar seu interior.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

"escrevido" dia 3 de janeiro... esquisito! eu hem...

Será que adianta descrever um distúrbio para organizá-lo?

Interessante o insistente conselho que tenho ouvido de que terapia faz bem e que eu devia procurar ajuda. Aff... me leva pro topo do pátio. Ou da terceira ponte para não me misturar aos emos. Já basta a melancolia fútil q ñ resolve nada.



Desculpe amigos-irmãos, mas não há solução para a podridão deste vaso. Totalmente perfeito, mt bem ornamentado na lateral que fica visível aos observadores, mas podre e interiormente destruído, de forma q somente escultores e arquitetos conseguem ver.



Pare de se esforçar arduamente. Pare de dar o que você não tem, vaso inútil. Está ficando cada vez mais seco e se esqueceu de ser preenchido! Agora, todos já viciaram. Esperam de você, pedem a você, ligam pra vc, buscam por vc, mas vc tem virado as costas! Não tem sido bom ouvinte, bom companheiro. Cadê aquela substância de bom grado que jorrava de você? Nem mesmo os consumidores VIPS, poderão recebê-la? Então avise pra que lado fica a fonte para q possam buscar por si só, pois se tornaram dependentes e não entendem pq ñ sai de vc, mas irão atrás da fonte pq sentiram o prazer que aquilo dava.

Pôxa...vc sabe qual é a fonte mas esqueceu o caminho de chegada por causa do tempo que reciclou o que havia recebido para economizar tempo e energia, né? Caramba... a quem eles irão procurar? Que tipo de vaso poderá suprir esse vício benéfico que traz frutos à alma ferida?!



O que? Eles encontraram outro vaso? GLÓRIA A DEUS, que sejam felizes e sintam-se fortalecidos com a substância que jorra do lado de lá...mas, e você vaso velho? Não virá? Ah, entendi. Sua estrutura está tão abalada que não consegue continuar né? hum... chame alguém para te ajudar! Ops, todos se foram? Já estão longe e se esqueceram que vc estava vazio e precisava receber em algum lugar. Pôxa...sinto muito. Espero que um dia alguém traga até você ou te socorra te carregando.



Que bom que eles encontraram outro vazo, mas lhes seria mais lucrativo encontrar a fonte direta para terem contato puro...

(este texto nunca foi terminado...graças a Deus, tá mt depressivo).