quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ironia

Vá questionar as situações da vida como se fossem imutáveis e acreditar no estado pleno de vítima do que ñ acontece a seu favor.

Um dia, de repente o vento muda, o mundo dá voltas, dá cambalhotas, pula amarelinha e tudo muda. O inesperado se torna realidade inacreditavelmente e quem te fez engolir poeira te estende o tapete vermelho.

São as ironias da vida imperando nas circunstâncias e comprovando a insignificância de tanto esforço.

Como se pudéssemos mudar alguma coisa da vida!

Como se pudéssemos reger a sequer a afinação dos instrumentos antes do espetáculo.

Como se suor fosse, de fato, nos tornar fortes.

Como se a pesquisa fosse nos tornar capazes... ts ts ts.

Quanta enrolação.

Sem xurumelas, vai?!

Discursos moralistas e atitudes lineares são testados por nossa própria língua. Após tanta expectativa e desesperança, crítica daquele que conseguiu e zombaria daquele que fracassou, nos encontramos no mesmo ciclo de vaidade e dependência de título... senão, ao menos de imagem. Quanta ironia.

As ironias da vida chegam para calar nossa falácia. A prepotente ignorância nos retribui o primeiro vexame, por outro lado, a melhor verdade vem à tona e o vento nos surpreende.

O mundo resolveu gerar a nosso favor?

Será que nossa fé venceu ou melhorou?

O otimismo foi eficaz desta vez?

Ou é o reflexo mais inesperado da desistência mais dolorosa?

Não sei as respostas... só posso perguntar.

É fato; a ironia nos alcança e prova que a utopia não é inalcançável. Parece impossível, um monte que jamais conseguiríamos escalar quando, na verdade, o desejado estava no vale – exatamente na sombra por trás de nós naquele caminho que não parecia desafiador o suficiente para nos levar ao sucesso...

Questionou? Ts ts ts...

Vá entender os segredos que a vida guarda, as direções que o vento segue e o mistério do que se deve aprender de fato, para que ao fim, o pretendido seja alcançado.